criança que luta contra cancro agredida no Ajaccio-Marselha

A última jornada da Ligue 1, no sábado, ficou marcada por um episódio bárbaro e que já levou a uma reação do presidente do país, Emmanuel Macron, após Kenzo, criança de oito anos que luta contra um cancro no cérebro, ter sido agredida, juntamente com os pais, num camarim do estádio do Ajaccio, que recebeu o Marselha.

O jovem adepto do Marselha, convidado por várias instituições solidárias a assistir à última partida da equipa na presente época, foi atacado por "três ou quatro pessoas", de acordo com o depoimento do pai, que ainda estão por identificar.

"Quando o pai entrou no vestuário, vestiu uma camisola do Marselha. Este ato terá provocado a ira dos adeptos do Ajaccio. Tudo aconteceu muito rapidamente, com os adeptos do Ajaccio a invadirem o camarim onde se encontrava a família, convidada por instituições de caridade. Os golpes foram dirigidos diretamente contra o pai. O filho mais novo ficou ferido e bateu com a cabeça num corrimão do camarim. A mãe também foi empurrada. A segurança interveio muito rapidamente para pôr a família em segurança e evitar que as agressões se repetissem", explicou Nicolas Septe, procurador público de Ajaccio, à BFMTV.

O episódio foi rapidamente condenado por toda a França, com o presidente do Ajaccio, Alain Orsoni, a confirmar ao jornal "Le Parisien" que o clube tenciona apresentar queixa às autoridades, salientando a sua vontade de identificar os autores da agressão, que serão banidos.

"Estes idiotas não têm nada que vir para o nosso clube. Temos os meios para identificar quem fez isto e vamos fazê-lo. Depois, apresentaremos queixa. O lugar deles já não é aqui", afirmou.

De resto, Emmanuel Macron, juntou-se esta segunda-feira às críticas à agressão, salientando que não existe justicação para o crime e defendendo "sanções claras e fortes" contra os responsáveis.

"É totalmente inaceitável. O meu coração está com Kenzo e os seus pais. Ele tem de lutar e está a lutar muito corajosamente contra uma doença. É um adepto fiel e não há justificação para isto", reprovou o chefe de Estado francês.

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