Os cientistas descobriram uma forma fácil e eficaz de perdermos aquelas
gramas persistentes ao mesmo tempo que levamos a nossa vida normal. Perder peso
enquanto dormimos? Mais parece um daqueles anúncios de comprimidos milagrosos
que retiram toda a gordura indesejada e mais alguma sem termos de mexer uma
palha, não é? Bem, a questão é mesmo essa
Segundo a revista JAMA Internal Medicine, no ensaio publicado pediu a 80 jovens adultos com excesso de peso
(sem distúrbios graves do sono) que dormissem cerca de oito horas e meia por
noite durante duas semanas, ao invés das cerca de seis horas e meia que
costumam descansar. Para que conseguissem mudar a rotina nocturna, onde os
participantes tiveram uma sessão prévia de aconselhamento totalmente
personalizada. Um dos conselhos era que evitassem dispositivos emissores de luz azul tais como: telemóveis computador,
e televisão. 45 minutos a uma hora antes de se deitarem, pois esta luz impede a
libertação de melatonina, a
hormona do sono.
Ao longo dos 14 dias, os investigadores
foram medindo as calorias ingeridas pelos participantes através de análises de
urina. No final da experiência, descobriram que quem dormiu as oito horas
diminuiu a ingestão calórica numa média de 270 calorias por dia.
Houve até quem tivesse cortado 500. É verdadeiramente um game changer - menos 270
calorias por dia equivalem à perda de quase 12kg em três anos.
Como é que isto se explica? Noites mal
passadas têm um grande impacto em duas hormonas que controlam a fome e a saciedade – ghrelin e leptina. A primeira
estimula a fome, que sentimos com mais frequência quando dormimos pouco. A
segunda avisa-nos quando estamos
cheios e diminui com a falta de descanso. Temos aqui o cocktail perfeito: sentimos mais fome e não temos aquele click no cérebro que nos avisa
quando parar de comer, tudo porque não descansamos horas suficientes.
Alem disso, não são apenas os indivíduos com excesso de peso que têm esta reacção de hormonas. "Descansar o suficiente tem benefícios para a saúde de todos, independentemente do peso corporal", esclareceu Kristen Knuston, professora de sono e medicina preventiva na Universidade de Northwestern, EUA, à CNN.